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segunda-feira, 3 de junho de 2013

Dilma e PMDB discutem a relação

Foto: Correio Braziliense


A presidente Dilma Rousseff receberá a cúpula do PMDB, na segunda-feira (3 de junho), para tentar conter os ruídos e as fissuras do Planalto com o partido. Organizados, os peemedebistas segmentaram a pauta: o presidente da Câmara, Henrique Alves (RN) levará a demanda dos deputados do PMDB; o presidente do Senado, Renan Calheiros (AL), vai expor as queixas dos senadores do partido; e o vice-presidente Michel Temer detalhará os problemas com a legenda.

Nos estados, Dilma e o PT terão que trabalhar para a aliança não ruir em diversos locais. Na Bahia, no Mato Grosso do Sul, no Rio Grande do Sul e no Paraná, são grande os riscos de que a chapa nacional seja contaminada pela montagem dos palanques estaduais. No Rio, o governador Sérgio Cabral (PMDB) não se cansa de emitir sinais de que a presidente terá problemas para garantir a vantagem na corrida presidencial.

Há duas semanas, em jantar com o próprio Temer e demais governadores peemedebistas, Cabral classificou a existência de dois palanques para Dilma no estado — de Luiz Fernando Pezão (PMDB), candidato do atual governador e de Lindbergh Farias, provável candidato do PT — como esquizofrênica e ameaçou se aproximar do presidenciável tucano, Aécio Neves. Ambos compartilham, inclusive, os trabalhos do marqueteiro Renato Pereira. Ontem, Cabral minimizou a crise. “Em ano ímpar, eu não discuto eleição. O apoio à presidente Dilma é total e absoluto. Não há semana em que eu não fale com um ministro e com a própria presidente,” disse.

Renan também não quis aumentar a crise. Para ele, a relação do PMDB com o governo e com o PT é “normal”. “As tensões são comuns na democracia e é preciso aprender com elas”, declarou. Ele voltou a defender a não leitura da MP 605, que criaria um fundo para compensar as perdas das concessionárias de energia com a redução da conta de energia. A proposta foi transferida para a MP 609, que ainda será votada. 

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